quarta-feira, 25 de maio de 2011

Despedir-se de si, de sua falta de completude, daquele sentimento interminável de espera. A espera teve um fim, e para todo fim, um recomeço de presente. Na verdade, o fim só existe pra quem não enxerga o recomeço. 
A tentativa desesperada de uma faxina mental foi menos eficaz. Menos confortável, menos inteligente. É claro que não deu certo.
Sendo assim, daqui pra frente não haverá mais faxina, vou guardar devidamente as lembranças em lugares estratégicos e não fazê-las uso novamente até que eu sinta necessidade. E pretendo não mais sentir por toda a vida. Vontade de indiferença.
Então vai, vai que agora eu te deixo partir livremente. Nada mais será do jeito que era antes. Vai que eu já não quero nem saber mais como você anda, com quem você anda, o que você faz. 


Vai, que eu tô indiferente. Vai que eu tô indiferente?

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Se persistirem os sintomas...


-Você tá estranha hoje...
- Ai, sei lá, não sei o que está acontecendo... tô estranhamente feliz!
- Me explica isso direito.
- Ah, é um vazio. Vazio cheio de coisa embaralhada. Lotado.
- Lotado de quê?
- Não sei. É mais ou menos assim: Alguma coisa sendo empurrada de dentro pra fora do peito e desorganizadamente se manifesta em tempos aleatórios. Duração de 2 minutos e uma longa pausa. O que deve ser isso?
- Acho melhor você procurar um endócrino.
- Mais uma vez! Parece que alguma coisa se materializou no espaço entre meu estômago e minha garganta e tá querendo pular, mas nao sai. É tipo uma ardência gostosa, uma "azia boa".
- Azia BOA?!


Coloco a mão em seu peito e o coração tá tumtumtum acelerado. Endócrino? Acho que é amor.