sábado, 31 de dezembro de 2011

E então... chega mais!

Pra fechar meu ano com chave de ouro, nada mais justo do que acordar e escrever. O problema é que, dessa vez, dotada de uma auto crítica como NUNCA tive antes na vida, não vou analisar meu ano e dizer que poderia ter sido melhor. Porque não poderia. 
Ao dizer isto, à contragosto de muitas pessoas que estiveram ao meu lado, e que me ouviram reclamar e espernear e fazer tempestades em copo d'água durante muitos momentos de 2011, peço-lhes licença para dizer que este ano, mesmo com todas as coisas ruins, mesmo com todos os choros, todos os problemas, todos os planos que deram errado, foi um ano MARAVILHOSO e superou expectativas. 
Digo isto pois tudo o que eu mais queria na vida, com a ajuda de muitas pessoas, realizei e darei prosseguimento no ano de 2012. Encarar a realidade de ficar longe de quem você ama, ter mais responsabilidades, estar bem mais cansada ao fim do dia, deixar de fazer muitas coisas que gostaria por falta de tempo e ver que, no fundo, no fundo, não sobra tanto dinheiro assim no fim do mês, é BEM complicado. 
Por outro lado, tive a oportunidade de conhecer pessoas novas, se encantar por estas pessoas, criar vinculos de amizade e, ao mesmo tempo, não se sentir tão só assim. Descobri que no trabalho também existe o prazer de fazer aquilo que se gosta, e me identifiquei com coisas que até até então passavam despercebidas pela minha vida. Este ano, mais do que todos os outros anos da minha vida, eu acredito que superei a mim mesma e, reconheço que sem a ajuda dos meus pais, eu não teria dado nem o primeiro passo. 
Então, o que hoje eu desejo a você é: Sinta-se orgulhoso. Orgulhoso de qualquer coisa que seja. Traga para si mesmo a responsabilidade única e exclusiva de fazer o seu 2012 superar as expectativas; e chore, faça tempestades em copo d'água, brigue, chateie-se, mas por favor, dê sempre o primeiro passo a cada dia. 
Acredite em coisas boas, acredite em amor. O amor é maior do que você pensa, e está presente tanto nos romances quanto no modo que vivemos e nos damos valor. Sim, amor-próprio é a mais linda forma de amor. 
Planeje mais seus dias e seus horários. O tempo é o único bem que se perde a cada instante.  Acredite no poder da família. Acredite no poder da amizade. Acredite que o ser humano pode melhorar a cada dia. Acredite em você.


Um beijo e feliz 2012!

domingo, 11 de setembro de 2011

Mais uma vez.

A verdade é que até agora eu realmente não entendo como isso aconteceu. Você tentava tirar de mim o que eu não sabia explicar, de todas as formas. Já não havia mais nenhuma feição em meu rosto mas os olhos permaneciam bem abertos; e foi nessa hora que uma lágrima caiu sem que eu movesse um músculo, simplesmente caiu, e deu lugar a mais outra, e outra e outra, e eu continuava não me mexendo, mesmo o carro estando em alta velocidade e você trocando de pistas a todo momento.
Naquela hora uma música do Marcelo Jeneci tocou no rádio e a palavra "Felicidade" vinha de encontro como uma bala no meu peito, não sabia explicar o que estava acontecendo. Por que cargas d'água eu não estava feliz?!
Eu só queria continuar ali, sentada e sendo levada pra algum lugar.
Até que, depois de alguns minutos, chegamos na minha casa. Era um final de tarde chuvoso e com vento frio. Você entrou, ligou a tv, comentou alguma sobre a vantagem de ter um pacote de tv por assinatura com os canais Telecine ao invés da HBO. Pra mim você podia estar dizendo qualquer coisa, eu só desejava que você não levantasse mais dali. Desejava que voltássemos no tempo, há uns 6 anos atras, onde tudo, ou quase tudo, era diferente, era mais fácil.
Foi ai então que decidi preparar um café, do jeito que a gente gosta, forte e amargo. É claro que só fiz isso para garantir que você ficasse mais tempo, mas a chuva lá fora apertava, e você precisava voltar, antes que o tempo piorasse...
Eu já previa todas essas coisas, talvez por isto não me incomodei tanto assim quando você sussurou um "tá ficando meio tarde.." Achei até que demorou demais dessa vez.
Tudo terminou com um forte - e longo- abraço e eu já começava a sentir saudades. E finalmente, como num estalo, meu coração pôde enfim se acalmar.
"Tchau, querida...até semana que vem", murmurou num tom cansado.
Tranquei a porta e voltei pro sofá. Dessa vez, passei longe do Telecine.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Despedir-se de si, de sua falta de completude, daquele sentimento interminável de espera. A espera teve um fim, e para todo fim, um recomeço de presente. Na verdade, o fim só existe pra quem não enxerga o recomeço. 
A tentativa desesperada de uma faxina mental foi menos eficaz. Menos confortável, menos inteligente. É claro que não deu certo.
Sendo assim, daqui pra frente não haverá mais faxina, vou guardar devidamente as lembranças em lugares estratégicos e não fazê-las uso novamente até que eu sinta necessidade. E pretendo não mais sentir por toda a vida. Vontade de indiferença.
Então vai, vai que agora eu te deixo partir livremente. Nada mais será do jeito que era antes. Vai que eu já não quero nem saber mais como você anda, com quem você anda, o que você faz. 


Vai, que eu tô indiferente. Vai que eu tô indiferente?

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Se persistirem os sintomas...


-Você tá estranha hoje...
- Ai, sei lá, não sei o que está acontecendo... tô estranhamente feliz!
- Me explica isso direito.
- Ah, é um vazio. Vazio cheio de coisa embaralhada. Lotado.
- Lotado de quê?
- Não sei. É mais ou menos assim: Alguma coisa sendo empurrada de dentro pra fora do peito e desorganizadamente se manifesta em tempos aleatórios. Duração de 2 minutos e uma longa pausa. O que deve ser isso?
- Acho melhor você procurar um endócrino.
- Mais uma vez! Parece que alguma coisa se materializou no espaço entre meu estômago e minha garganta e tá querendo pular, mas nao sai. É tipo uma ardência gostosa, uma "azia boa".
- Azia BOA?!


Coloco a mão em seu peito e o coração tá tumtumtum acelerado. Endócrino? Acho que é amor.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Por enquanto


Alguma coisa dentro dela tá pedindo pra sair. Não sei onde tudo começou, mas a vontade é grande e confusa. Uma mistura de sensações que percorrem um caminho entre o cérebro e a boca do estômago, num ziguezaguear acelerado e sem uniformidade. A cabeça até permite sentir dor.
Déficit de atenção, preguiça, vontade de dormir, vontade de sumir. Tadinha dela, tudo isso ziguezagueando. Os olhos pesam e a boca cada vez mais seca, como se passasse as últimas 24 horas falando incansavelmente. Aflição.
Mas tudo passa. Peça, que tudo passa. Peça com vontade. Fotografias já não dizem mais o que ficava antes subentendido. Cartas foram perdidas e lembranças afogadas em um rio caudaloso. E ela costumava nadar nesse rio. Aonde ela está agora? Tão bela...
Pensou em ligar, mas o número ficou perdido no mesmo lugar em que provavelmente devem se encontrar as lembranças e desistiu de ouvir aquela voz. A voz que ela mais procurava, a voz que, de tanto ouvir, estava perfeitamente gravada e ela podia formar em sua cabeça todas as frases que desejasse. Esse foi seu maior erro, porque aquela sua voz dizia o que não era dito para ela. Viveu uma relação que não existia.
Então vieram lágrimas. Lágrimas e mas lágrimas. Um dia ela vai descobrir que lágrimas não servem para trazer ninguém de volta, mas sim para limpar os olhos para que eles enxerguem, de fato, a verdade.
Um dia ela vai perceber que aquelas músicas que pareciam tão íntimas não foram feitas para ela, e que ninguém neste mundo poderá entendê-la como ela mesma.
Um dia um vento forte vai abrir sua janela e um raio de sol passará por entre suas cortinas para aquele céu-inferno utópico se transformar em realidade.
Por enquanto, doces sonhos de menina.

sexta-feira, 25 de março de 2011

CORDA BAMBA


A busca pelo equibíbrio é uma das tarefas mais inquietantes na vida de um ser humano. Se você chora, é fraco, mas se você não transmite qualquer tipo de emoção, é um sem-coração. Se você enfrenta, é exagerado, mas se você vive calado, é submisso. Se você corre atrás, pode ser intransigente, mas se você espera as coisas acontecerem, não merece que elas venham até você. Nunca ninguém está satisfeito.
Acho que o maior problema ao julgar as coisas e as pessoas ao nosso redor é justamente a falta de um espelho. É fácil, mas muito fácil, apontar os erros e as atitudes que poderiam ser melhoradas nos outros, mas nunca ninguém ousaria trocar de lugar e trocar os problemas. Até porque problemas são "pessoais e intransferíveis".

"Deve-se DANÇAR CONFORME A MÚSICA". Ok, mas e se você não souber a coreografia?
"Deve-se SEMPRE OUVIR A VOZ DO CORAÇÃO". Ok, mas e se você estiver com sérios problemas de audição?
"Deve-se PENSAR ANTES DE AGIR". Ok, mas e se você realmente for surpreendido? O que você faria?
"Deve-se SEMPRE CONFIAR EM EM SI MESMO". Ok, mas e se você não tem total certeza sobre suas escolhas, que caminho deve seguir?

É preciso aceitar também o fato de NÃO SABER as respostas, os caminhos mais adequados, as palavras mais coerentes, o momento certo. Então, por favor. Vamos parar também com a mania de sempre julgar a si mesmo. Preocupe-se, mas preocupe-se menos. Cobrar de si não é errado, mas faça na medida certa, apresse-se lentamente, acalme-se... Se viver fosse realmente muito fácil não teria tanta graça. E a vida torna-se ainda mais bela quando aprendemos o quão fascinante é encontrar beleza em cima de uma corda bamba.

domingo, 20 de março de 2011

Adeus.


Você não era de outro mundo, mas me fazia sentir em outro mundo. Você sabia como ninguém me agradar e me tirar do sério ao mesmo tempo. Lembro dos telefonemas inesperados, dos planos para o futuro e de tardes inesquecíveis que me fizeram chegar a essa conclusão. 
Você me fazia acreditar que valia a pena toda aquela disposição para estar perto e para estar sempre em contato, e me fazia feliz até mesmo quando estava longe. Um dia sem te ver era como uma eternidade. Você sabia brincar, falar sério, me escutar e me proteger. Seu jeito combinava perfeitamente com o que eu procurava em alguém. 
Seu abraço me deixava em paz e, ao mesmo tempo, desprotegida. O perfume ideal, o cheiro de cabelo ideal, as implicâncias ideais, as nossas brincadeiras, nosso mundinho só nosso. Todo mundo percebia que existia um nós dois entre a gente. 
Tudo em você era diferente, talvez porque você mexia comigo de uma forma como ninguém ousaria mexer.  Bastou sua presença em uma festa em familia e como num passe de mágica, todos já estavam apaixonados. Até meus amigos perguntavam de você. A dose certa de clichês combinada com seus passos milimetricamente calculados e seu jeito único de levar os dias, na tranquilidade, na malandragem, na mansidão faziam com que eu me encontrasse perdida em um labirinto cujas barreiras internas só cresciam e me transformavam numa pessoa indefesa, me viciei.
Eu nunca havia escrito nada sobre você, talvez porque te achasse muito importante para ser trasnscrito, mas hoje eu vejo o quão cega a paixão me deixou. E, pra se ter idéia, ainda hoje me pergunto se realmente eu sentia aquilo tudo... Sabe, sem ressentimentos.
A sua perfeição acabou por me fazer entrar numa busca incansável pelos seus defeitos e , surpreendentemente, foram muitas descobertas. Sim. Pra cada qualidade que encontrava, havia um defeito por tras. Então, quem você era? O que você queria com todo aquele marketing pessoal? Pra cima de mim não.
Percebi também que os assuntos se desenvolviam em ciclos. Você tentava me enganar reinventando as mesmas histórias, e eu fingia que tudo aquilo era novo e supreendente, e ríamos, e falávamos o quanto éramos bons juntos, numa tentativa desesperada de se apegar a determinadas coisas para esquecer o que realmente nos preocupava. A solidão. 
Não me arrependo de nada. Desde o dia que te conheci até a última palavra trocada. Até as vezes que você me dizia que sabia exatamente o que eu estava pensando, como se estivesse me estudando por todos aqueles anos e soubesse exatamente quem eu era, da cabeça aos pés. Confesso que foi pretensão demais da sua parte achar que me traduziria tão facilmente. 
Parece meio atrasado escrever sobre você quase um ano depois, mas a lembrança veio como quando a água desce pela cachoeira, impactante, veloz e gelada, bem gelada. Não esperava encontrar você, muito menos hoje. Não esperava ver no seu olhar uma amargura da vida que nunca pensaria encontrar antes. Deu pra perceber que você sente saudades e que queria reviver toda aquela época com a mentalidade de hoje em dia. Seu abraço me disse. Seria interessante, mas acho que já deu. Já foi. Não sou mais a mesma pessoa e nem você é mais aquele mesmo cara, nem sei mais se seriamos amigos, se as lembranças permitiriam um despretencioso recomeço.
Terminou com um "prazer em revê-lo" sem saber ao certo se houve esse prazer, as vezes era apenas alivio, alivio para nunca mais. Dei meia volta e continuei andando,cada passo no automático me conduzindo pra direção certa bem longe de você.

quarta-feira, 9 de março de 2011

É o "Reclamation-tion"

  

Não existe coisa mais chata do que gente que só sabe reclamar. 

Os motivos e as formas são inúmeros e diversificados quando se pretende externalizar tanta bobagem, mas ainda tem gente nesse mundo que não abre mão de uma reclamadinha casual.
O fato é que sim, se pararmos pra pensar, temos “motivo de sobra” pra reclamarmos. Violência, fome, miséria, desigualdades, descaso, falta de amor, tantas coisas... . Reclamar de uma noite mal dormida, reclamar que a casa está uma bagunça, reclamar que está sozinho, reclamar que seus amigos te esquecem, reclamar do cansaço, do chefe, dos colegas de trabalho e do calor que está fazendo ultimamente são coisas normais, se feitas com moderação.  Mas as vezes, participar de uma conversa inclui ouvir tantas reclamações que me pergunto se, de tanto reclamar, essas pessoas conseguem chegar a alguma conclusão, mesmo que seja só um cansaço precedido de um SEMANCOL, e daí partem pra outra, preferindo falar do time, da novela, daquele show que estava a fim de ir, do filme que vai estrear no cinema, de forma a entrar num eixo normal de conversa... e a conversa ir fluindo. Só que existem pessoas que não chegam a esse ponto crítico e continuam incansavelmente reclamando da vida, oh minha gente! Chega ne?
Para identificar esses tipos de pessoa, segue um guia BÁSICO:

Reclamão casual: É a categoria mais fácil de ser encontrada. Consultórios médicos, bares, faculdade, casa da tia de segundo grau. É aquele tipo de pessoa que dá uma reclamadinha de vez em quando, só pra quebrar a rotina ou cortar o gelo de uma conversa. Cuidado, você pode ser um também.

Reclamão por conveniência: Esse tipo não é tão perigoso, mas tenha muito cuidado. O reclamão por conveniência é aquele tipo de pessoa que escuta e absorve o assunto, esperando sempre o momento exato, onde TODAS as pessoas do ambiente resolvem se manifestar primeiro contra alguma coisa, pra poder soltar os bichos também. É aquele que está a fim de reclamar, mas só reclama se todo mundo falar.

Reclamão destemido: Metido a sabichão, assertivo, sem papas na língua. É aquele que reclama e não está nem ai, não faz diferença alguma se o Papa ou o vocalista do Parangolé estiverem participando da conversa. Ele não dá a mínima.

Reclamão por osmose: Esse é o mais perigoso... não é confiável. Só reclama porque todo mundo está reclamando. As vezes, nem motivos pra reclamar ele possui, mas pra não ficar de fora e se sentir fora do grupo, reclama também.

Reclamão sênior: Esse indivíduo acumula a maior quantidade de anos de experiência em uma  mesma conversa. Geralmente é casado com sua avó e passa o dia lendo jornais, assistindo programas antigos na televisão ou caminhando despretensiosamente pelas ruas. Sempre acompanhado de um rádio de pilha. São fofinhos, gentis e de bom coração.

Reclamão cara de pau: Pessoas bem vestidas, com emprego, casa, carro, filhos perfeitos, abusam da sorte, geralmente possuem casa de praia ou de campo, estudaram nas melhores escolas e mesmo assim arrumam problemas que não existem. (Suscetível a adaptações, nem sempre possuem filhos e casa de campo ao mesmo tempo, por exemplo.)

O fato é: nem todas essas categorias são fidedignamente encontradas por ai, estas são apenas algumas características-chave de reclamões e reclamonas de plantão.
Queridos, usem seu poder de descarga de informações em formas homeopáticas numa conversa, não seja alheio nem assertivo demais. Assim, o ambiente será mais agradável e você não sentirá necessidade de fazer um post de 582 palavras.

segunda-feira, 7 de março de 2011

8 ou 80?

Domingo a noite. Todas as coisas interessantes que eu tinha pra fazer durante o fim de semana eu já fiz, ou não. Sempre tem aquela coisinha que voce gostaria de fazer mas por algum motivo naquele dia não dá, ou você nem quer tanto e acaba esquecendo que poderia ser legal você ter feito essa determinada coisa nesse determinado dia. Está passando um filme na televisão, lembro que já vi e gostei muito, ah, é de comédia romantica, claro. Assim como o de comédia romantica que assisti no cinema hoje, acompanhada de outras pessoas que não eram você.O fato é que já estou na minha segunda barrinha de diamante negro e me pergunto daqui a quantos minutos a onda de arrependimento vai passar pela minha cabeça por ter comido tanto chocolate, afinal de contas, as aulas de step, sofridas, demoradas e cansativas têm de valer a pena.  Ou pelo menos deveriam.  Ai pronto, me deu vontade de vir aqui e escrever. Escrever sobre qualquer coisa, inclusive sobre você. Não sei o que se passa, mas se a vontade vem é porque alguma coisa está acontecendo e eu tenho de me expressar de alguma forma. Há algum tempo eu me pego nesta vontade de listar, como quase tudo na minha vida, algumas coisas. Resolvi, então, listar todos os motivos pelos quais eu não deveria estar pensando em você, já que eu tenho certeza que mais uma vez, eu e minha imaginação hiperativa estamos transformando o que deveria ser um "ponto final" em "reticências". Então, lá vai. Sempre quiz namorar caras mais velhos, maduros, sensíveis,mas você, mesmo não sendo tão velho, é muito mais velho do que eu planejava, eu e minha mania de sempre fazer planos. Gosto e não gosto do seu sorriso, tem um angulo exato pra ele ficar bonito e você nem sempre acerta nas fotos. Você está fora de forma, e esse é um ótimo motivo, considerando que eu me preocupo com a saúde e em me manter na linha, salvo duas barrinhas de diamente negro que foram casualmente colocadas em cima da minha escrivaninha esta noite. Ah, uma ótima: Seu estilo musical é diferente do meu, esse é um tópico bem relevante! Imagine você preparando um jantarzinho a dois com uma música que eu não gosto, não ia dar nada certo.  Odeio o fato de eu estar pensando em você sabendo que eu nem te acho tão bonito assim, mesmo você sendo um rapaz super atraente. Merda. Não acredito que disse isso.  Seu corte de cabelo é de lua e eu não entendo porque você insiste tanto em corta-lo desse jeito, nao te valoriza em absolutamente nada.Você tem um perfume que
me enjoa e eu so consigo pensar num cheiro de café pra neutralizar tamanho exagero em forma de fragrancia. Odeio quando você se comporta igual a uma criança quando está na frente dos meus amigos, no começo era engraçado, mas agora isso me irrita cada dia mais. Odeio o fato de você chamar tanta atenção na rua e por também nem de longe se parecer com os caras que eu já me envolvi. Mas também não parece ser tão idiota como alguns, e gosta das minhas piadas, desse meu jeitinho de metida a engraçadinha, a piadista encubada. Também o fato de você passar a tarde inteira conversando comigo pela internet só porque eu estou achando um tédio arrumar as malas sem ninguém pra me distrair, e a conversa fluir até 1:35 da madrugada. Além disso, o fato de você ter um senso de humor parecido com o meu. A gente sempre ri quando estamos juntos e você sempre vem com uma piadinha nova que eu acabo colocando no meu acervo despretencioso de piadas. Também adoro o fato de você viajar a trabalho e acessar sua internet pelo menos duas vezes por dia somente pra ver se eu te mandei algum recado, e respondê-los para que eu possa enviar outro e continuarmos numa conversa de encher linguiça, só pra não pararmos de nos falar... ou então quando você simplesmente sente quando eu preciso de você e me liga pra saber como estão as coisas, nao importa o dia nem o horário...Chega. Não adoro mais nada. A idéia não era listar o que eu mais gosto em você. Odeio o fato de como você sempre consegue confundir meus pensamentos.

sábado, 5 de março de 2011

Pra quem vai e pra quem fica


Carnaval é sim a festa mais esperada do nosso país, e para muitos o feriado prolongado mais desejado também, juntamente com a Semana Santa. Mas cada um passa seu carnaval da forma que lhe convém. Pra você que curte outros tipos de música e prefere somente aproveitar a praia ou viajar, pegar um cineminha ou até mesmo ficar em casa, colocar suas papeladas em dia, ler um bom livro ou não fazer simplesmente nada,ótimo. Pra você que sabe todas as marchinhas de cor, adora assistir aos desfiles na Sapucaí, não perde um bloco no centro do Rio e começa a preparar suas fantasias no ano anterior, melhor ainda. Esse é o seu momento. Cada um no seu quadrado.
O fato é: Nem você nem ninguém nesse mundo merece ser criticado só porque não coloca sua fantasia de baiana e sai por ai cantando no meio da multidão todos os sambas enredo possíveis e imaginários, muito menos você que passa o dia inteiro atrás dos blocos, se diverte e volta morto pra casa só pra dar tempo de dar aquela dormidinha e voltar à ativa no dia seguinte, afinal de contas, carnaval é só uma vez por ano.
O problema é que o direito de querer e não querer de cada um é totalmente fuzilado caso você não corresponda às expectativas de quem pensa diferente, "folião" e "não folião". Pensando nisso... Não. Eu não passo o ano esperando pelo carnaval. Eu passo o ano esperando pelo Natal. Não escuto samba, prefiro rock. Não saio por ai colocando fantasia, a não ser em festas a fantasia e muito menos brinco de micareta nessa época do ano. Mas espera ai. Quem disse que eu NÃO gosto?
Eu adooooro passar esse tempo lendo um bom livro, vendo ótimos filmes, e se tiver oportunidade viajar. Adoro também o fato de as pessoas estarem mais animadas e o ambiente descontraído. Adoro também não fazer nada, se for o caso. Adoro sair com os amigos, seja num bloco, numa festa, num show, na praia e não me importar o lugar, contanto que esteja na presença deles. Adoro também o fato de eu poder mudar de opinião a hora que eu quiser. Carnaval, diferente do que muita gente pensa, é você quem faz... afinal de contas, a quarta-feira chega pra todo mundo.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Retrato calado

 

São 18:36. Mais de 24h sem notícias suas. Sei que é cedo demais, inconsciente demais, inesperado demais isso tudo aqui dentro. As vezes parece que escolhemos as coisas mais impossíveis e fingimos não ligar, por um momento, das razões, dos porquês... e cultivamos isso dentro da gente.
Acho que é a décima quinta vez que me pego olhando sua foto. Nesse dia você nem sonhava em me conhecer, nesse dia você ainda não tinha cruzado meu caminho. Engraçada essa vida, não dei a mínima no dia que te conheci... percebi você, trocamos algumas palavras entre amigos em comum...reparei no seu jeito e no seu sorriso. Não lembro de mais nada. Naquele dia você nem era tão importante. Eu tinha coisas mais interessantes pra me preocupar.
O tempo passou e você inesperadamente me procurou... pra falar a verdade, eu nem lembrava de você, havia esquecido completamente da sua existência. Você nunca foi meu tipo, foge dos meus padrões, possui alguns gostos diferentes, mas... é em você que penso agora. Na verdade é em você que penso muito nos últimos dias... por quê?
Olho mais uma vez pra sua foto. Agora, é a décima sexta vez que me pego tentando entender o porque eu continuo te olhando, e nao chego a resposta alguma... qual é o seu problema?! Qual é o meu problema?!
Certa vez li uma frase que dizia : "As vezes as cadeias que nos impedem de ser livre, são mais mentais do que físicas...", e porque não ser livre ao teu lado?
Ok, reconheço que estou inflando as coisas aqui dentro, estou numa posição desvantajosa  a quilômetros de distância dessa minha realidade, pouco te conheço, sei que não é o suficiente. Não tente me entender.  Eu também não me entendo.
Acho que o medo de sofrer ou de fazer alguém sofrer são as maiores barreiras dentro do coração de uma mulher. Mas mulher é assim mesmo, parece que quanto mais tem medo de sofrer, mais se apega; e quanto mais tem medo de fazer o outro sofrer, maior a vontade de pagar pra ver.
Não quero pagar pra ver com você, também não quero me apegar. Me ajuda, assim, como você achar melhor, a me colocar no meu lugar? Faz você, dessa vez, qualquer coisa, pra eu me iludir, pra eu te esquecer? Não consigo mais uma vez. É porque depois não quero dizer que não tentei. Mas também não quero fazer nada a respeito. Eu e essa minha insistência. Não entendo absolutamente nada, mas continuo insistindo.
Décima sétima vez.  Acho melhor trocar de foto.

quinta-feira, 3 de março de 2011

 

"As garotas aprendem muito enquanto crescem. Se um cara esmurra você, ele gosta de você; Nunca tente cortar sua própria franja; Algum dia vai conhecer um homem maravilhoso e ter o seu próprio final feliz.
Todos os filmes que vemos e todas histórias que ouvimos imploram para nós esperarmos por isso. 

A reviravolta no terceiro ato, a declaração de amor inesperada, a exceção á regra. Mas as vezes, focamos tanto em olhar nosso final feliz que não aprendemos a ler os sinais, a diferenciar entre quem nos quer e quem não nos quer; entre os que vão ficar e os que vão nos deixar.
E talvez esse final feliz não inclua um cara incrível. Talvez seja você sozinha recolhendo os cacos e recomeçando. Ficando livre para algo melhor no futuro. Talvez o final feliz seja só seguir em frente.
Ou talvez o final feliz seja isto, saber que mesmo com ligações sem retorno e corações partidos, com todos os erros estúpidos e sinais mal interpretados, com toda a vergonha e todo constrangimento, você nunca perdeu a esperança!"



Cada qual em sua situação. Não importa. Seja comprometido(a) ou não, satisfeito(a) ou não, preocupado (a) ou não. 
Depositar a responsabilidade da nossa felicidade no outro é uma das maiores injustiças que o ser humano pode cometer consigo mesmo. Solteiro ou acompanhado, VOCÊ, e apenas você é responsável pela sua felicidade. 

terça-feira, 1 de março de 2011

Por hoje, não.

Tudo pára. O tempo passa, mas aqui não. Aqui, as coisas indubitavelmente precisam ser modificadas.
Um misto de viver e deixar que seja vivido toma conta desse ambiente interno, desse vácuo, dessa armadilha que é a mente... uma vontade de deixar as coisas acontecerem por si só e, ao mesmo tempo, não permitir que isso aconteça de jeito nenhum. Escolhas.
Querer ter controle é antes ter consciência da falta de poder sobre isso.Extremos vindo de encontro ao tempo, confusão. Superficialidade pode também ser sintoma de insegurança, de medo, de proteção. É só olhar pela perspectiva de dentro. Deve ser por isso que ter sempre certeza de tudo não quer dizer ter sempre as respostas certas toda vez que a vida exigir de você. 

Prefiro, as vezes, não ter respostas.  Prefiro, hoje, deixar isso pra amanhã.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Simpatia é quase amor

Você chega na academia. Aquele professor sarado, lindo, musculoso e simpático te lança aquele olhar enquanto você está fazendo um exercício numa posição não muito feliz. Ele espera você terminar, chega mais perto e diz: "Que iiisso gata, tá mandando bem!"

Na noitada com amigos, você precisa fazer aquela visita rápida ao banheiro, e, enquanto caminha por entre várias pessoas, um cara percebe você, te acha bonita, e quando você chega perto segura sua mão e fala mansinho: "Oooi linda, podemos conversar?"

No metrô, cansada e com dor de cabeça. Mais um dia de trabalho/estudos se foi e você não vê a hora de chegar a sua estação de desembarque e ir pra casa. Quando de repente, a estação de uma pessoa que estava sentada se aproxima e você e mais um cara estão na disputa pela vaga. Ele te olha com um ar totalmente galanteador, estufa o peito e diz cheio de vontade : "Senta ai, princesa!"

Sendo gata, linda ou princesa, não importa. Se você é/foi alvo dessas situações peculiares, minha querida, pode jogar as mãos pro céu e agradecer. Sim, porque não?
Por mais tosca a cantada que você receba ( dentro dos limites do respeito, é claro) não custa absolutamente nada você deixar um pouco de lado sua preferência por um príncipe encantado aparecer na sua frente e declamar um lindo poema de Luís de Camões, porque, cá pra nós, isso nunca vai acontecer.
Além do mais, quem nunca teve seu ego levemente inflado cada vez que passa por uma situação dessas? O cara não precisa ser bonito não, basta ter atitude. E te fazer sentir notada.
O máximo que pode acontecer é você detestar incontrolavelmente o fato de ter passado naquela hora, por aquele lugar, naquele dia e rir do que aconteceu. Na maioria das vezes a cantada não cola, mas pode ser engraçada. E deve.
Ao invés de ficar ai, sentada, reclamando da vida à espera do cavalo branco, porque não levar na esportiva a chegada de um cavalo de tróia de vez em quando?

Pensa bem, desse jeito o seu copo vai estar sempre meio cheio.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011


Nas minhas "páginas da vida" juro que escrevi muitas coisas, apaguei o que achava necessário, escrevi mais ainda, tentei modificar, inverti expressões, fiz várias reticências e coloquei exclamações e pontos finais.
Mas nada, hoje, estava satisfazendo o que eu queria traduzir em palavras.
Sou um ser tão cheio de tudo e de nada, que as vezes fica complicado remexer as coisas aqui dentro.

domingo, 20 de fevereiro de 2011


Ontem a noite sonhei com um anjo.

Mas não era qualquer anjo, eu já o conhecia. Se humano fosse, teria lá pelos seus 20 anos. Dono de uma beleza delicada e um forte brilho, era alto, pele clara, cabelos ondulados, quase cacheados...serenidade nos olhos e uma voz que mais parecia música para os meus ouvidos.
Este anjo surpreendentemente tinha marcas em seu corpo, marcas estas que traziam sua história, marcas de cores vivas e bem expostas, que não o permitiam se esconder do mundo ou passar despercebido. Era um anjo diferente.
Lembro que esse anjo me amava, amava muito e era correspondido. Como pode uma criatura de alma tão divina atrever-se a desrespeitar a vontade dos céus? Como pode ter roubado tão rapidamente um coração?
Estar com ele me trazia um misto de paz e adrenalina que eu já nem sei se estivéssemos juntos num plano real conseguiríamos sentir a mesma coisa. Era quase mágico. Na verdade, era mágico.
Como pode uma humilde alma ser tão corajosa a ponto de transformar-se em um anjo... Como pode uma mente sonhar tão alto assim?
A noite, ao contário do que se possa pensar, não foi calma. Me retorcia afetada por tanta realidade inconsciente e acordei pensando no anjo, e passei o dia pensando no anjo... agora escrevo relembrando sua feição, seu jeito e sua simplicidade. Esse anjo eu já conhecia... só nao sabia da sua capacidade de invadir, toda vez que quisesse, a mente das pessoas.

Ah... uma dúvida... pra ser anjo precisa MESMO ter asas?

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A Auto Escola da vida.


Ontem eu estava de "penetra" numa aula a tarde da Auto Escola. Só para constar, foi dito "penetra" não porque "entrei sem ser convidada", apenas porque a preferência naquele horário infelizmente não era minha, nem de mais 7 penetras, ops, colegas... que fique bem claro.

Conversa vai, conversa vem, e enquanto o professor não aparecia, os ânimos se enraiveciam como numa progressão aritmética (perdoem-me os matemáticos). Foi quando um dos meus companheiros de classe (Não-penetra, moreno, turrão, baixinho e revoltado) levantou rapidamente, pegou suas coisas e saiu da sala. Assim. Aleatoriamente.

Eu até teria entendido melhor se estivesse prestando mais atenção no indivíduo, mas a turma inteira pôde perceber a indignação do baixinho- turrão ao esperar cerca de 30 minutos pelo professor, e nada. Após o ocorrido um murmurinho tomou conta da sala de aula. Uns, impressionados por encontrar alguém tão ávido por assistir aulas. Outros, por simplesmente achar patética a atitude do rapaz, afinal de contas, estávamos numa Auto Escola.

Mas as coisas não são bem assim. Nem tudo que está no "contrato" é colocado em prática. As vezes, as pessoas sequer lembram das cláusulas. Muitas até fazem questão de esquecê-las, por milhões de motivos. De fato, isso não se restringe apenas a Auto Escola.
A todo momento, cláusulas e mais cláusulas perdem-se no tempo e no espaço. Cláusulas estas pertencentes ao contrato que celebramos com a nossa Auto Escola da Vida.

Aprender por si só é a mais pura certeza e o nosso maior desafio, enquanto pessoas. Está contido na cláusula principal e "impõe-se ao fiador o dever de se vincular aos termos do contrato até que a dívida seja paga". E a dívida, meu bem, é com nós mesmos.

O fato é que nem sempre dependemos exclusivamente de nós mesmos, já que não detemos o controle total do que se passa a nossa volta. Mas ter a possibilidade de aprender (por conta própria) com nossos erros é totalmente engrandecedor e nobre, quando de fato aprendemos. Muitas vezes encontramos um "eu" que não sabíamos que existia, até depararmos com situações cujo resultado dependeria exclusivamente de nossa força de vontade e de nossa disposição e coragem para fazer acontecer essa diferença.

Voltando ao assunto, acredito que a garantia que buscamos ao celebrar este contrato seja de comum acordo. Ser feliz. Com todas as dificuldades, todos os problemas, todas as contas a pagar, todas as amizades distantes, toda nossa eventual falta de fé e assim por diante.

Então, pense nisso. Assim como na Auto Escola, seja mais auto-suficiente: PRATIQUE a vida!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Bloqueio mental.


Manhã de sábado, dia nublado, estávamos aqui, separados apenas por nossos lençóis. A noite passada encaminhou a esta manhã um sentimento de vazio, uma carência de não se sabe o quê e, se esse pacto de silêncio for quebrado, uma avalanche de palavras irão perfurar a fina camada da minha pele, já sensível de tantos ferimentos. Totalmente desnecessário.

Preferi levantar cuidadosamente, já que você ainda está dormindo e me perdi no calor da água do chuveiro, a primeira coisa que compramos juntos, pelo menos ainda está funcionando, ao contário de nós. Tentei não pensar no que que estava pra acontecer, você provavelmente vai levantar, balbuciar um "Bom dia", eu irei responder e pronto, será dada a largada.

Você ainda está dormindo, então tento me esconder aqui, aproveitar o máximo esse tempo que posso ficar sozinha, sem meus pensamentos serem confundidos com seus gritos e insinuações. Juro, não consigo mais me ouvir quando você está por perto. Nessas horas a melhor coisa que faço é escrever, extravasar com as palavras, coisa que mais me peguei fazendo nas últimas
semanas, mas a escrita refletirá de certa forma o que se passa aqui,dentro de mim, dentro da gente. Serei parcial demais, não daria certo desta vez. Então, prefiro nao escrever.

Eu tento separar as coisas, mas, até que algo realmente nos faça desvencilhar de fatos e lembranças estaremos aqui, com a mente limitada. Isso é terrivel. Limitar a mente é limitar-se por completo. Estar preso é esconder-se de si mesmo. Reconhecer isto é o primeiro passo, e as
vezes o primeiro passo já é metade do caminho. Que bom, pelo menos já saimos do lugar.

Minha sensibilidade aguçada já me fazia esperar por casos e acasos nesses moldes e, por incrivel que pareça, desta vez não fui surpreendida, como eu já sabia?
Conte-me alguma novidade, diga-me alguma história,fale-me de assombração, de alma penada, de qualquer coisa, mas nao me fale sobre isso...não venha me metralhar mais uma vez, já não suporto mais. Essa história eu já sei de cor.

Você levanta, chama meu nome, digo um "oi" meio receoso e você percebe, e como se não bastasse, nem um bom dia foi dito e você já começou. Decidi, vou fazer um bloqueio mental. Você provavelmente está repassando cada coisa que aconteceu ontem a noite, achando novas fissuras em mim e fazendo questão de abri-las ainda mais, mas esqueça. Não estou te escutando. Você provavelmente está gritando cada segundo mais alto e os vizinhos já devem ter acordado mas eu não estou nem ai pra você.

Não estou nem ai pro quão irritado você está, não estou nem ai se você quiser sair por aquela porta e não voltar nunca mais. Sinta-se a vontade. Você sempre tomou as decisões por nós dois, pois bem, estou cansada de nadar contra a maré, deixo isso mais uma vez pra você, só que dessa vez eu quero a conivência, a submissão, ou sei lá o que você quiser chamar, porque pra mim, está cada vez mais claro. Isso nunca foi amor.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Não gosto de despedidas


Eu quero muito, mas muito que você vá embora daqui. Quero que você esqueça o que passou, quero que você seja feliz. Quero não ter que pensar em você de 5 em 5 minutos, e me contentar com o que sobrou: a ausência.
Eu sei que você vai voltar, as coisas boas de verdade sempre voltam e não consigo imaginar como teria sido minha vida se você não estivesse sempre aqui, perto de mim. Mas saiba que por mais que um oceano se faça presente no meio de nós, meu amor é capaz de construir uma ponte e chegar até ai no seu coração. Juro, o amor é mágico.
Não, não estou triste, perdoe essas minhas palavras sobrecarregadas de emoção, mas como ser "menos" ou "não ser completa" ao me abrir, ainda mais com você?
Vá ... mas, por favor, me leva contigo. Ai mesmo, dentro de você, nas lembranças, nas manias, na saudade. Já te disse, o amor é mágico, e tudo o que a gente quiser ele traduz, ele traz, ele indica, ele ajuda.
Sem mais delongas, você está começando a ter o que merece. E, daqui pra frente, será só FELICIDADE.
Eu te amo. Minha amiga, minha tia, minha irmã, minha menina. E, daqui pra frente, eu te prometo mais uma vez, será só felicidade.

Ah, e vê se não esquece...tô te esperando.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011


E, de qualquer forma, às cegas, às tontas, tenho feito o que acredito, do jeito talvez torto que sei fazer.

Caio Fernando Abreu

domingo, 6 de fevereiro de 2011


Você lembra quantas vezes já disse alguma coisa só com o olhar? Você lembra quantas vezes percebeu alguma mensagem no olhar de alguém?
Aquele olhar que te tira do sério, ou que te deixa sem palavras. Um olhar que tira sua concentração ou um olhar que reprime seus sentimentos, um olhar que machuca, um olhar que conforta.
Essas "janelas da alma" não se diferenciam apenas pela cartela de cores estampada no rosto de cada um, mas pela intensidade do sentimento que exprimem. Cabe a você ter o feeling ou a sensibilidade aguçada o suficiente... ou não. As vezes o olhar te atinge sem esforço algum e você está lá, prontinho, de braços abertos para recebê-lo..

"O que de um olhar não for captado, nos lábios não será encontrado; O que diz um olhar é o que a boca não soube falar... é o que no peito ficou calado." Só me falta encontrar nas entrelinhas de um olhar o que a boca não diz...

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Delírios


Existe algo dentro do peito daquela menina pedindo pra ser jogado ao mundo. Esse algo não tem tamanho, nem cor, nem se movimenta. Limita-se a Isto. Está perfeitamente estático e ela sente como se Isto já fizesse parte dela há muito tempo.
Isto pede tanto pra ser abandonado justamente porque a sua cabeça quer que isso aconteça. De tanto ouvir e ouvir, Isto acabou absorvendo o desejo como verdade absoluta, e quem é mais forte?
Por um momento sentia-se completamente tomada e, como num estalo o telefone toca... era ele. Aquele sentimento de abandono some e, no seu lugar entra amor, apenas amor. Tanto amor que a pobre menina não sabe explicar, não sabe dizer, não sabe entender.
"Quero sumir"- dizia ela, perdida em seus pensamentos e sonhos - "Quero sumir e encontrar você em qualquer lugar. Quero dividir tudo, inclusive quem eu sou, e não sei se esse desejo me enlouqueceria mais se já estivesse contigo."
Mas paciência é uma virtude e ela não sabe se já passou do limite da paciência para a submissão. Submissão a seu carinho, a sua voz, a sua presença, a sua beleza, a seu jeito de viver.
"Onde estou, quem eu sou?"
Não sabe... não queria parar esse estado de transe pra tentar se entender agora, isso acabaria com a beleza e a sutileza do momento... entrar num mundo paralelo, num estado de graça, só de pensar nele, só de ouvir sua voz, só de rir com ele, isso é felicidade. Querer que isso aconteça dói demais. É aquilo que chamam de presença na ausência. "A presença é pelo fato de você habitar aqui, dentro de mim", pensava ela.

(...)

sábado, 29 de janeiro de 2011

Nem tudo é o que parece ser.


Nem toda rosa é rosa, nem todo céu é azul, nem todo som é música, nem toda bossa é nova. Eu poderia ficar aqui falando várias coisas, mas me detenho a estas quatro afirmações, que julgo darem conta suficiente do recado.

Essa mania do ser humano de ter determinadas opiniões e colocá-las em sua mente e em suas vidas em posto de verdade absoluta nem sempre ajuda, muito pelo contrário. Ter a mente mais “sensível” para detectar as peculiaridades faz bem, engrandece e te livra de maus bocados.

Gostos e preferências são necessários, pois dizem respeito a personalidade e ao jeito de cada um, mas não seja tão auto suficiente a ponto de discriminar o outro por ele ser apenas diferente, muito menos se julgue menor que ninguém.

As vezes encontramos na diferença as maiores afinidades; na beleza, a maior decepção; no dinheiro, os maiores problemas; na magreza, a falta de saúde. Nem sempre ter alguém ao seu lado é garantia de estar acompanhado, nem sempre se diz o que o coração diria se pudesse falar, nem sempre as coisas acabam quando terminam.

Nem sempre quando uma pessoa está distante fisicamente, está também dentro do coração. Nem sempre quando aquele lindo banquete está sobre a mesa, o prazer chega também a atingir o sabor da comida, nem sempre um elogio é verdadeiro, como nem toda crítica é improdutiva. Nem sempre a capa traduz o que está por dentro, nem sempre o que foi dito foi esquecido, nem sempre lamentar por alguma coisa é realmente se importar com ela, nem sempre perdoar é esquecer, nem sempre estar presente é desejar fazer parte... nem sempre tudo é o que parece ser.

Assim como o enquadramento é uma das coisas mais importantes em uma foto, o seu “enquadramento” ao perceber e julgar os acontecimentos a sua volta, sem sombra de dúvida, é o que te faz único. Não perca a essência de desenvolver a si mesmo como ser humano e de enxergar a vida com seus próprios olhos.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

QUASE tudo o que é demais enjoa.


Você já se perguntou porque isso acontece? Imagine Agosto, quase fim do ano, milhões de tarefas por fazer, inúmeros compromissos, noites viradas, cansaço, necessidade por férias. Não há como negar que o desejo por descanso seja imprescindível e, há quem diga, o motivador para a finalização de mais um ano de trabalho e estudos.
Pensar nos dias de paz, onde você poderá acordar a hora que quiser, no momento que quiser, planejar seus dias da forma que lhe convêm são tarefas mais que estimulantes e, basta as férias chegarem que, após um mês sem fazer absolutamente NADA que o anseio por dias mais agitados e rotineiros, com aquela pitada de emoção, se manifesta. Maluquice? Não, apenas "humanidade".
Nós, tão acostumados a essa vida agitada, trabalho, compromissos, estudos, prazos, contas, amigos, família, às vezes não nos damos conta que devemos e precisamos acionar o STOP de vez em quando, daí tantos workaholics, pessoas que passam noite adentro sendo regidas e motivadas por prazos e medos (nem sempre são as férias) e que necessitam trabalhar e trabalhar e trabalhar, por competitividade, ganância, necessidade de sobrevivência. Cada um do seu jeito.
Não tiro o mérito e não escondo minha admiração por aqueles que levam à sério sua vida e seu trabalho, e procuram aproveitar ao máximo as oportunidades que forem aparecendo, e serem o melhor que puderem. Mas é preciso levar a si mesmo mais a sério...
Os exageros não estão só ai. Bagunça demais enjoa, bebida demais enjoa, doce demais enjoa. Ser sempre a mesma coisa todo dia enjoa, andar pelo mesmo caminho a pé todo dia enjoa, escutar a mesma música mil vezes enjoa, ouvir a mesma gíria mil vezes de várias pessoas diferentes enjoa,violência demais enjoa, desprezo demais enjoa, descaso demais enjoa, praia demais enjoa, rotina enjoa, férias enjoa, perfume demais enjoa, beber café nunca enjoa.
Num relacionamento, nem sempre quanto mais amor se dá, mais se tem, e é bem capaz desse amor todo não ser correspondido por justamente sufocar a pessoa de tanto sentimento e não abrir espaço e permitir que ela tenha algum tipo de retorno.
Nas amizades, pegar sempre no pé do seu melhor amigo também não é nada conveniente. Sim, amamos e queremos bem, nos preocupamos e esperamos sempre o melhor na vida de quem a gente ama, mas ciúmes têm limites e o amor que a amizade é capaz de unir não pode ser menor que os sintomas de possessividade. Ninguém é propriedade alheia, a não ser que você queira que isso aconteça. O espaço próprio, a intimidade preservada e a liberdade de cada um são coisas pelas quais não devemos abrir mão nunca. E isso é respeitar a si mesmo e ao outro.
Existem inúmeras coisas pelas quais eu poderia dedicar um longo e prazeroso tempo escrevendo, mas acho que até aqui o recado está dado. Quem sabe um dia eu escreva sobre as coisas que são demais e não enjoam? Fica ai a intenção.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A espada de um cavaleiro.


"A aflição tomou conta de Eragon quando ele acordou. Embora mantivesse os olhos fechados, não conseguia deter uma nova torrente de lágrimas. Ele tentava se lembrar de alguma coisa, procurava alguma idéia que o ajudasse a preservar a sanidade. Não posso viver assim, lastimou-se.

Então, não viva assim. As palavras de Saphira reverberavam na mente dele.

Como? Garrow partiu para sempre! E, com o tempo, terei o mesmo destino. Amor, família, realizações - tudo isso é tirado de nós, e ficamos sem nada. Que valor têm as coisas que fazemos?

O valor está no ato. O seu valor acaba quando você se rende ao desejo de mudar, de viver a vida. As opções estão à sua frente, escolha uma e dedique-se a ela. As ações darão a você uma nova esperança e um novo propósito.

Mas o que posso fazer?

A única orientação verdadeira está dentro do seu coração. Nada menos do que o seu desejo supremo pode ajudá-lo. "

Eragon

Obrigada, Christopher Paolini.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

E você, tem medo de que?


Quando eu era pequena eu tinha medo do escuro. Ai eu ganhei de presente um quartinho só meu no segundo andar da minha casa, passei a dormir sozinha toda noite e o medo foi embora. Hoje em dia, diga-se de passagem, só consigo dormir numa escuridão perfeitamente INTENSA.
Depois de um tempo, o medo era outro. Filha única e exclusiva, sempre sonhava que meus pais me abandonariam e eu ficaria sozinha. Eu cresci, fui ganhando mais independência e acabei tendo necessidade de estar longe deles as vezes e estar perto de mim mesma, só de mim, em determinados momentos. Apesar de todo o amor e toda a preocupação, hoje vejo que é importante conhecer-se a si mesmo e descobrir "as dores e as delícias de ser o que é". Lá pelos meus 17 anos, meu medo era de nunca passar no vestibular. Depois de 2 anos de tentativas e 4 vagas em diferentes universidades o medo se foi e descobri que o "pior" mesmo era sobreviver à rotina de estudos e trabalhos e seminários, abrindo mão de grande parte da minha vida social e de estar com as pessoas que você ama pra dedicar-se a um futuro ainda desconhecido, mas muito planejado e desejado. Esse "medo" ainda não terminou. Ontem mesmo eu estava vasculhando umas coisas antigas e dei de cara com algo escrito mais ou menos assim: "Sonho tanto com o meu apê". Eu devia estar mais ou menos na faixa dos 14 ou quem sabe 15 e não fazia tanta idéia de quanta responsabilidade estava acoplada a essa minha expectativa de "emancipação". Hoje, aos 21, corro atras de um apartamento pra morar mais perto da faculdade e essa "emancipação" não soa mais como uma aventura ou experiencia ultra eletrizante, que sirva pra mostrar como sou uma garota crescida e já posso mandar no meu próprio nariz. É questão de necessidade. Agora preciso cada vez mais encontrar essa pessoa, essa grande garota que eu sei que existe, dentro de mim, e esquecer os medos para poder viver feliz comigo mesma, sem perder as oportunidades que estão por acontecer. Engraçado como a todo momento os papéis se invertem, não?
Medos sempre existirão. Acho que só mudam com a idade e não dependem tanto assim de você, eles aparecem mesmo. Agora, pra que lado do seu medo você prefere olhar? Eu posso afirmar, sem sombra de dúvida, que é para o lado que diz : "Ei, ele termina um dia!", e confesso que é muito mais divertido lutar contra um bicho papão que você sabe que um dia vai embora!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Mais devaneios...

As vezes buscamos a felicidade alto demais... longe demais... sonhando mais do que deveríamos e não dedicando tanta atenção às coisas em volta.
Encontre alguém que passe horas e horas conversando com você, ao seu lado, e mesmo assim você não se sinta entediado ou cansado de ouvir e falar. Não ver as horas passarem e sentir que só há você e essa pessoa do mundo naquela hora. Esquecer as milhões de pessoas que passam ao seu lado, esquecer as horas, esquecer tudo.
Valorize os gestos mais sinceros de uma amizade, e os mais inesperados também. Como quando, num momento nem tão conveniente, você recebe um beijo e um abraço inesperado de uma amiga (ou amigo), que te faça acreditar que tesouros existem, e anjos também.
Não desperdice os momentos felizes ao lado de quem você ama. Até num simples café da manhã com seus pais podem surgir assuntos engraçados e você se divertir com tamanha diversidade de assuntos e experiência de vida. Sua família é seu maior vinculo com o passado e com o futuro.
Acreditar em si mesmo é o maior voto de confiança que existe. As vezes, quando a vida parecer um marasmo, quando não houver tantas expectativas e motivações para continuar, ou quando os problemas parecerem maiores e as soluções inalcansáveis, chame por Deus, ele sempre está do seu lado. Ele sempre te entende, ele sempre te escuta, você não precisa marcar horário com ele, ele é 24h disponivel pra cuidar de você e amar você.
Por último, ame-se. E esse verbo é excepcionalmente auto-explicativo.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Boots - The Killers

Como coisas simples e lembranças nem tão grandiosas podem ser mágicas.

http://www.youtube.com/watch?v=UymN_kjYeFk

Não há mais mais problemas,
Nessa cidade.
Noite silenciosa, para variar.

Um ano totalmente novo,
Chegando logo.
Você sabe que faz muito tempo,
Desde que eu liguei pra alguém?

Eu fecho meus olhos,
Penso sobre o caminho que eu tomei.
Apenas quando penso nesses tempos,
Tenho obtido o melhor de mim.

Eu posso ver minha mãe na cozinha,
Meu pai no chão,
Assistindo televisão.
É uma vida maravilhosa.

Velas de de canela queimando.
Guerras de bola de neve lá fora.
Sorriso abaixo de cada nariz e acima de cada queixo.

Bato minhas botas antes de eu voltar pra dentro.

Eu desperdicei os meus desejos,
Nas noites de sábado.
Garoto, o que eu daria,
Por apenas mais um.

Eu amoleci meu coração,
Choquei o mundo.
Você ouve a minha voz?
Você sabe o meu nome?
Ilumine meu caminho,
Levante minha cabeça.
Ilumine meu caminho,

Eu posso ver minha mãe na cozinha,
Meu pai no chão,
Assistindo televisão.
É uma vida maravilhosa.

Velas de de canela queimando.
Guerras de bola de neve lá fora.
Sorriso abaixo de cada nariz e acima de cada queixo.

Famílias estão reunidas.
Presentes empilhados.
Geada em todas as janelas,
Que noite maravilhosa.

Velas de de canela queimando.
Guerras de bola de neve lá fora.
Sorriso abaixo de cada nariz e acima de cada queixo.

Tão feliz que me acharam,
O amor estava ao meu redor.
Bato minhas botas antes de eu voltar pra dentro.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A fairytale in reverse

Ela perguntava-se a todo tempo se era fruto de sua imaginação. Não podia ser. Todas aquelas palavras que foram ditas, todas aquelas frases por eles escritas, todas aquelas ligações inesperadas... todas aquelas mensagens subliminares.

Seu nome: Mariana. Idade: 21. Ocupação: Estudante universitária - Arquitetura.
Ela lembrava-se muito bem do dia em que o conheceu. Era verão... era em Búzios. Conversaram a noite toda, sobre todas as coisas... e no fim, quando ela partiu ele a surpreendeu com aquele olhar... olhar que só ela percebeu, em meio a toda aquela gente, que a atingiu cheio de intenções. Ele: Pedro. Idade: 23. Estudante de Engenharia.

A partir daquela noite não perderam mais contato... mesmo depois de algum tempo, já tendo voltado para a cidade, em meio à correria do dia e aos compromissos, a magia daquele encontro continuava intacta. E eles faziam questao de mantê-la.

Perdida nesse misto de incertezas ela vai levando seus dias ... e constantemente se questiona até que ponto isso é certo e aonde esta história está posicionada no caminho entre o etéreo e o real...
Tudo o que ela queria agora era estar com ele. Tudo o que ela queria agora era dividir esse sentimento e ser correspondida, tudo o que ela queria era esclarecer as coisas. Pelo menos por hoje. O amanhã não se sabe.
Difícil tentar entender todos aqueles sinais, insinuações, toda aquela saudade repentina e toda aquela influência que ele exercia sobre os pensamentos dela. Eles raramente se encontravam... e isso era tão difícil. Logo ela...

Como consegue atingir tanto esta menina? Ela questiona-se a todo tempo se é única nesse sentido, se caso representa alguma coisa real pra ele... As vezes Pedro parecia tão distante... as vezes perto demais, como um sonho.
Que fique bem claro, como ela mesma disse: "Não sou apaixonada, so estou incomodada..." e eu acredito nela. Mas se ele desse essa oportunidade aposto com você que ela se apaixonaria... porque, as vezes, sente raiva de si por ser tao "influenciada". Não influenciada a ponto de deixar de viver por si só, esperando uma resposta... influenciada pelo fato de sonhar acordada com Pedro todas as vezes que eles se viam ou se falavam. As vezes Mariana mentia para si mesma, dizendo não passar de uma amizade.

Não era para ser desta forma... mas aquele olhar nao deixou... as palavras que dissera tambem nao, nem as frases, as conversas.... Pedro, não se sabia ao certo o que pensava. Era como se houvesse uma capa sobre ele, daquelas bem impermeáveis e que a cada tentativa de entendê-lo era consequentemente desconpensatória.
E, como num passe de mágica, some. É sempre assim... e volta com aquele ar profissional, distante... como se nada tivesse acontecido, como se ele nunca tivesse sequer imaginado a possibilidade de existir aquele conhecido "nós dois". Muitos estudos, muito trabalho, vários compromissos...Isso as vezes mexe muito com ela.

Ela também questionava o porque de quando tentava dizer algo a mais, ele reagia de uma forma totalmente fria e distante.. perfeitamente se esquivando...fugindo... fugir pra que?
Qual era seu problema?
Sera só um jogo? Uma diversão? Ela sempre pensa coisas muito bonitas e nutre um lindo sentimento por ele, mesmo que não saiba distingui-lo. Só a pureza basta.

Sim, Pedro vê... vê e sabe... cada coisa que ela sente.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Opa, prazer! Sou 2011, acabei de chegar...

Hoje acordei feliz. Depois de passar o ano novo com a familia e ter passado uma madrugada maravilhosa e alegre ao lado deles acordei menos "sensibilizada" do que previa, mais pé no chão,pensando bem...
Gosto desta sensação... me traz mais pra perto do mundo em que eu vivo e não do mundo no qual em determinados momentos eu gostaria mais de viver...
Nessa época de fim de ano, as pessoas movidas pelos sentimentos aflorados se questionam e tentam, mesmo que inconscientemente, responder ou justificar estes questionamentos...
E acredito que foi por causa desta minha condição e pelo fato de ter passado a virada do ano de ROSA que me deparei fazendo o mesmo questionamento o dia inteiro...
As vezes preferimos justificar coisas na vida da gente acreditando piamente em destino. As vezes, nos preocupamos muito em ser responsáveis por nosso proprio destino... e isso cansa... é preciso deixar as coisas acontecerem naturalmente.
Só que não ter controle pleno em determinadas situações das nossas próprias vidas muitas vezes torna-se mais preocupante ainda. O que fazer? Vou parar por aqui...

"Destino é o nome de uma história que precisamos ler até o último capítulo para entendê-la.
Destino é a nossa coragem de lutar por um ideal,; coragem de ser feliz"

Um Feliz 2011. Um ano de muita alegria, amor, paz, saúde, felicidade, sucesso profissional e amoroso para todos! Que este ano nos traga muitas surpresas boas e muitos momentos inesquecíveis!