sábado, 29 de janeiro de 2011

Nem tudo é o que parece ser.


Nem toda rosa é rosa, nem todo céu é azul, nem todo som é música, nem toda bossa é nova. Eu poderia ficar aqui falando várias coisas, mas me detenho a estas quatro afirmações, que julgo darem conta suficiente do recado.

Essa mania do ser humano de ter determinadas opiniões e colocá-las em sua mente e em suas vidas em posto de verdade absoluta nem sempre ajuda, muito pelo contrário. Ter a mente mais “sensível” para detectar as peculiaridades faz bem, engrandece e te livra de maus bocados.

Gostos e preferências são necessários, pois dizem respeito a personalidade e ao jeito de cada um, mas não seja tão auto suficiente a ponto de discriminar o outro por ele ser apenas diferente, muito menos se julgue menor que ninguém.

As vezes encontramos na diferença as maiores afinidades; na beleza, a maior decepção; no dinheiro, os maiores problemas; na magreza, a falta de saúde. Nem sempre ter alguém ao seu lado é garantia de estar acompanhado, nem sempre se diz o que o coração diria se pudesse falar, nem sempre as coisas acabam quando terminam.

Nem sempre quando uma pessoa está distante fisicamente, está também dentro do coração. Nem sempre quando aquele lindo banquete está sobre a mesa, o prazer chega também a atingir o sabor da comida, nem sempre um elogio é verdadeiro, como nem toda crítica é improdutiva. Nem sempre a capa traduz o que está por dentro, nem sempre o que foi dito foi esquecido, nem sempre lamentar por alguma coisa é realmente se importar com ela, nem sempre perdoar é esquecer, nem sempre estar presente é desejar fazer parte... nem sempre tudo é o que parece ser.

Assim como o enquadramento é uma das coisas mais importantes em uma foto, o seu “enquadramento” ao perceber e julgar os acontecimentos a sua volta, sem sombra de dúvida, é o que te faz único. Não perca a essência de desenvolver a si mesmo como ser humano e de enxergar a vida com seus próprios olhos.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

QUASE tudo o que é demais enjoa.


Você já se perguntou porque isso acontece? Imagine Agosto, quase fim do ano, milhões de tarefas por fazer, inúmeros compromissos, noites viradas, cansaço, necessidade por férias. Não há como negar que o desejo por descanso seja imprescindível e, há quem diga, o motivador para a finalização de mais um ano de trabalho e estudos.
Pensar nos dias de paz, onde você poderá acordar a hora que quiser, no momento que quiser, planejar seus dias da forma que lhe convêm são tarefas mais que estimulantes e, basta as férias chegarem que, após um mês sem fazer absolutamente NADA que o anseio por dias mais agitados e rotineiros, com aquela pitada de emoção, se manifesta. Maluquice? Não, apenas "humanidade".
Nós, tão acostumados a essa vida agitada, trabalho, compromissos, estudos, prazos, contas, amigos, família, às vezes não nos damos conta que devemos e precisamos acionar o STOP de vez em quando, daí tantos workaholics, pessoas que passam noite adentro sendo regidas e motivadas por prazos e medos (nem sempre são as férias) e que necessitam trabalhar e trabalhar e trabalhar, por competitividade, ganância, necessidade de sobrevivência. Cada um do seu jeito.
Não tiro o mérito e não escondo minha admiração por aqueles que levam à sério sua vida e seu trabalho, e procuram aproveitar ao máximo as oportunidades que forem aparecendo, e serem o melhor que puderem. Mas é preciso levar a si mesmo mais a sério...
Os exageros não estão só ai. Bagunça demais enjoa, bebida demais enjoa, doce demais enjoa. Ser sempre a mesma coisa todo dia enjoa, andar pelo mesmo caminho a pé todo dia enjoa, escutar a mesma música mil vezes enjoa, ouvir a mesma gíria mil vezes de várias pessoas diferentes enjoa,violência demais enjoa, desprezo demais enjoa, descaso demais enjoa, praia demais enjoa, rotina enjoa, férias enjoa, perfume demais enjoa, beber café nunca enjoa.
Num relacionamento, nem sempre quanto mais amor se dá, mais se tem, e é bem capaz desse amor todo não ser correspondido por justamente sufocar a pessoa de tanto sentimento e não abrir espaço e permitir que ela tenha algum tipo de retorno.
Nas amizades, pegar sempre no pé do seu melhor amigo também não é nada conveniente. Sim, amamos e queremos bem, nos preocupamos e esperamos sempre o melhor na vida de quem a gente ama, mas ciúmes têm limites e o amor que a amizade é capaz de unir não pode ser menor que os sintomas de possessividade. Ninguém é propriedade alheia, a não ser que você queira que isso aconteça. O espaço próprio, a intimidade preservada e a liberdade de cada um são coisas pelas quais não devemos abrir mão nunca. E isso é respeitar a si mesmo e ao outro.
Existem inúmeras coisas pelas quais eu poderia dedicar um longo e prazeroso tempo escrevendo, mas acho que até aqui o recado está dado. Quem sabe um dia eu escreva sobre as coisas que são demais e não enjoam? Fica ai a intenção.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A espada de um cavaleiro.


"A aflição tomou conta de Eragon quando ele acordou. Embora mantivesse os olhos fechados, não conseguia deter uma nova torrente de lágrimas. Ele tentava se lembrar de alguma coisa, procurava alguma idéia que o ajudasse a preservar a sanidade. Não posso viver assim, lastimou-se.

Então, não viva assim. As palavras de Saphira reverberavam na mente dele.

Como? Garrow partiu para sempre! E, com o tempo, terei o mesmo destino. Amor, família, realizações - tudo isso é tirado de nós, e ficamos sem nada. Que valor têm as coisas que fazemos?

O valor está no ato. O seu valor acaba quando você se rende ao desejo de mudar, de viver a vida. As opções estão à sua frente, escolha uma e dedique-se a ela. As ações darão a você uma nova esperança e um novo propósito.

Mas o que posso fazer?

A única orientação verdadeira está dentro do seu coração. Nada menos do que o seu desejo supremo pode ajudá-lo. "

Eragon

Obrigada, Christopher Paolini.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

E você, tem medo de que?


Quando eu era pequena eu tinha medo do escuro. Ai eu ganhei de presente um quartinho só meu no segundo andar da minha casa, passei a dormir sozinha toda noite e o medo foi embora. Hoje em dia, diga-se de passagem, só consigo dormir numa escuridão perfeitamente INTENSA.
Depois de um tempo, o medo era outro. Filha única e exclusiva, sempre sonhava que meus pais me abandonariam e eu ficaria sozinha. Eu cresci, fui ganhando mais independência e acabei tendo necessidade de estar longe deles as vezes e estar perto de mim mesma, só de mim, em determinados momentos. Apesar de todo o amor e toda a preocupação, hoje vejo que é importante conhecer-se a si mesmo e descobrir "as dores e as delícias de ser o que é". Lá pelos meus 17 anos, meu medo era de nunca passar no vestibular. Depois de 2 anos de tentativas e 4 vagas em diferentes universidades o medo se foi e descobri que o "pior" mesmo era sobreviver à rotina de estudos e trabalhos e seminários, abrindo mão de grande parte da minha vida social e de estar com as pessoas que você ama pra dedicar-se a um futuro ainda desconhecido, mas muito planejado e desejado. Esse "medo" ainda não terminou. Ontem mesmo eu estava vasculhando umas coisas antigas e dei de cara com algo escrito mais ou menos assim: "Sonho tanto com o meu apê". Eu devia estar mais ou menos na faixa dos 14 ou quem sabe 15 e não fazia tanta idéia de quanta responsabilidade estava acoplada a essa minha expectativa de "emancipação". Hoje, aos 21, corro atras de um apartamento pra morar mais perto da faculdade e essa "emancipação" não soa mais como uma aventura ou experiencia ultra eletrizante, que sirva pra mostrar como sou uma garota crescida e já posso mandar no meu próprio nariz. É questão de necessidade. Agora preciso cada vez mais encontrar essa pessoa, essa grande garota que eu sei que existe, dentro de mim, e esquecer os medos para poder viver feliz comigo mesma, sem perder as oportunidades que estão por acontecer. Engraçado como a todo momento os papéis se invertem, não?
Medos sempre existirão. Acho que só mudam com a idade e não dependem tanto assim de você, eles aparecem mesmo. Agora, pra que lado do seu medo você prefere olhar? Eu posso afirmar, sem sombra de dúvida, que é para o lado que diz : "Ei, ele termina um dia!", e confesso que é muito mais divertido lutar contra um bicho papão que você sabe que um dia vai embora!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Mais devaneios...

As vezes buscamos a felicidade alto demais... longe demais... sonhando mais do que deveríamos e não dedicando tanta atenção às coisas em volta.
Encontre alguém que passe horas e horas conversando com você, ao seu lado, e mesmo assim você não se sinta entediado ou cansado de ouvir e falar. Não ver as horas passarem e sentir que só há você e essa pessoa do mundo naquela hora. Esquecer as milhões de pessoas que passam ao seu lado, esquecer as horas, esquecer tudo.
Valorize os gestos mais sinceros de uma amizade, e os mais inesperados também. Como quando, num momento nem tão conveniente, você recebe um beijo e um abraço inesperado de uma amiga (ou amigo), que te faça acreditar que tesouros existem, e anjos também.
Não desperdice os momentos felizes ao lado de quem você ama. Até num simples café da manhã com seus pais podem surgir assuntos engraçados e você se divertir com tamanha diversidade de assuntos e experiência de vida. Sua família é seu maior vinculo com o passado e com o futuro.
Acreditar em si mesmo é o maior voto de confiança que existe. As vezes, quando a vida parecer um marasmo, quando não houver tantas expectativas e motivações para continuar, ou quando os problemas parecerem maiores e as soluções inalcansáveis, chame por Deus, ele sempre está do seu lado. Ele sempre te entende, ele sempre te escuta, você não precisa marcar horário com ele, ele é 24h disponivel pra cuidar de você e amar você.
Por último, ame-se. E esse verbo é excepcionalmente auto-explicativo.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Boots - The Killers

Como coisas simples e lembranças nem tão grandiosas podem ser mágicas.

http://www.youtube.com/watch?v=UymN_kjYeFk

Não há mais mais problemas,
Nessa cidade.
Noite silenciosa, para variar.

Um ano totalmente novo,
Chegando logo.
Você sabe que faz muito tempo,
Desde que eu liguei pra alguém?

Eu fecho meus olhos,
Penso sobre o caminho que eu tomei.
Apenas quando penso nesses tempos,
Tenho obtido o melhor de mim.

Eu posso ver minha mãe na cozinha,
Meu pai no chão,
Assistindo televisão.
É uma vida maravilhosa.

Velas de de canela queimando.
Guerras de bola de neve lá fora.
Sorriso abaixo de cada nariz e acima de cada queixo.

Bato minhas botas antes de eu voltar pra dentro.

Eu desperdicei os meus desejos,
Nas noites de sábado.
Garoto, o que eu daria,
Por apenas mais um.

Eu amoleci meu coração,
Choquei o mundo.
Você ouve a minha voz?
Você sabe o meu nome?
Ilumine meu caminho,
Levante minha cabeça.
Ilumine meu caminho,

Eu posso ver minha mãe na cozinha,
Meu pai no chão,
Assistindo televisão.
É uma vida maravilhosa.

Velas de de canela queimando.
Guerras de bola de neve lá fora.
Sorriso abaixo de cada nariz e acima de cada queixo.

Famílias estão reunidas.
Presentes empilhados.
Geada em todas as janelas,
Que noite maravilhosa.

Velas de de canela queimando.
Guerras de bola de neve lá fora.
Sorriso abaixo de cada nariz e acima de cada queixo.

Tão feliz que me acharam,
O amor estava ao meu redor.
Bato minhas botas antes de eu voltar pra dentro.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A fairytale in reverse

Ela perguntava-se a todo tempo se era fruto de sua imaginação. Não podia ser. Todas aquelas palavras que foram ditas, todas aquelas frases por eles escritas, todas aquelas ligações inesperadas... todas aquelas mensagens subliminares.

Seu nome: Mariana. Idade: 21. Ocupação: Estudante universitária - Arquitetura.
Ela lembrava-se muito bem do dia em que o conheceu. Era verão... era em Búzios. Conversaram a noite toda, sobre todas as coisas... e no fim, quando ela partiu ele a surpreendeu com aquele olhar... olhar que só ela percebeu, em meio a toda aquela gente, que a atingiu cheio de intenções. Ele: Pedro. Idade: 23. Estudante de Engenharia.

A partir daquela noite não perderam mais contato... mesmo depois de algum tempo, já tendo voltado para a cidade, em meio à correria do dia e aos compromissos, a magia daquele encontro continuava intacta. E eles faziam questao de mantê-la.

Perdida nesse misto de incertezas ela vai levando seus dias ... e constantemente se questiona até que ponto isso é certo e aonde esta história está posicionada no caminho entre o etéreo e o real...
Tudo o que ela queria agora era estar com ele. Tudo o que ela queria agora era dividir esse sentimento e ser correspondida, tudo o que ela queria era esclarecer as coisas. Pelo menos por hoje. O amanhã não se sabe.
Difícil tentar entender todos aqueles sinais, insinuações, toda aquela saudade repentina e toda aquela influência que ele exercia sobre os pensamentos dela. Eles raramente se encontravam... e isso era tão difícil. Logo ela...

Como consegue atingir tanto esta menina? Ela questiona-se a todo tempo se é única nesse sentido, se caso representa alguma coisa real pra ele... As vezes Pedro parecia tão distante... as vezes perto demais, como um sonho.
Que fique bem claro, como ela mesma disse: "Não sou apaixonada, so estou incomodada..." e eu acredito nela. Mas se ele desse essa oportunidade aposto com você que ela se apaixonaria... porque, as vezes, sente raiva de si por ser tao "influenciada". Não influenciada a ponto de deixar de viver por si só, esperando uma resposta... influenciada pelo fato de sonhar acordada com Pedro todas as vezes que eles se viam ou se falavam. As vezes Mariana mentia para si mesma, dizendo não passar de uma amizade.

Não era para ser desta forma... mas aquele olhar nao deixou... as palavras que dissera tambem nao, nem as frases, as conversas.... Pedro, não se sabia ao certo o que pensava. Era como se houvesse uma capa sobre ele, daquelas bem impermeáveis e que a cada tentativa de entendê-lo era consequentemente desconpensatória.
E, como num passe de mágica, some. É sempre assim... e volta com aquele ar profissional, distante... como se nada tivesse acontecido, como se ele nunca tivesse sequer imaginado a possibilidade de existir aquele conhecido "nós dois". Muitos estudos, muito trabalho, vários compromissos...Isso as vezes mexe muito com ela.

Ela também questionava o porque de quando tentava dizer algo a mais, ele reagia de uma forma totalmente fria e distante.. perfeitamente se esquivando...fugindo... fugir pra que?
Qual era seu problema?
Sera só um jogo? Uma diversão? Ela sempre pensa coisas muito bonitas e nutre um lindo sentimento por ele, mesmo que não saiba distingui-lo. Só a pureza basta.

Sim, Pedro vê... vê e sabe... cada coisa que ela sente.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Opa, prazer! Sou 2011, acabei de chegar...

Hoje acordei feliz. Depois de passar o ano novo com a familia e ter passado uma madrugada maravilhosa e alegre ao lado deles acordei menos "sensibilizada" do que previa, mais pé no chão,pensando bem...
Gosto desta sensação... me traz mais pra perto do mundo em que eu vivo e não do mundo no qual em determinados momentos eu gostaria mais de viver...
Nessa época de fim de ano, as pessoas movidas pelos sentimentos aflorados se questionam e tentam, mesmo que inconscientemente, responder ou justificar estes questionamentos...
E acredito que foi por causa desta minha condição e pelo fato de ter passado a virada do ano de ROSA que me deparei fazendo o mesmo questionamento o dia inteiro...
As vezes preferimos justificar coisas na vida da gente acreditando piamente em destino. As vezes, nos preocupamos muito em ser responsáveis por nosso proprio destino... e isso cansa... é preciso deixar as coisas acontecerem naturalmente.
Só que não ter controle pleno em determinadas situações das nossas próprias vidas muitas vezes torna-se mais preocupante ainda. O que fazer? Vou parar por aqui...

"Destino é o nome de uma história que precisamos ler até o último capítulo para entendê-la.
Destino é a nossa coragem de lutar por um ideal,; coragem de ser feliz"

Um Feliz 2011. Um ano de muita alegria, amor, paz, saúde, felicidade, sucesso profissional e amoroso para todos! Que este ano nos traga muitas surpresas boas e muitos momentos inesquecíveis!