sábado, 29 de janeiro de 2011

Nem tudo é o que parece ser.


Nem toda rosa é rosa, nem todo céu é azul, nem todo som é música, nem toda bossa é nova. Eu poderia ficar aqui falando várias coisas, mas me detenho a estas quatro afirmações, que julgo darem conta suficiente do recado.

Essa mania do ser humano de ter determinadas opiniões e colocá-las em sua mente e em suas vidas em posto de verdade absoluta nem sempre ajuda, muito pelo contrário. Ter a mente mais “sensível” para detectar as peculiaridades faz bem, engrandece e te livra de maus bocados.

Gostos e preferências são necessários, pois dizem respeito a personalidade e ao jeito de cada um, mas não seja tão auto suficiente a ponto de discriminar o outro por ele ser apenas diferente, muito menos se julgue menor que ninguém.

As vezes encontramos na diferença as maiores afinidades; na beleza, a maior decepção; no dinheiro, os maiores problemas; na magreza, a falta de saúde. Nem sempre ter alguém ao seu lado é garantia de estar acompanhado, nem sempre se diz o que o coração diria se pudesse falar, nem sempre as coisas acabam quando terminam.

Nem sempre quando uma pessoa está distante fisicamente, está também dentro do coração. Nem sempre quando aquele lindo banquete está sobre a mesa, o prazer chega também a atingir o sabor da comida, nem sempre um elogio é verdadeiro, como nem toda crítica é improdutiva. Nem sempre a capa traduz o que está por dentro, nem sempre o que foi dito foi esquecido, nem sempre lamentar por alguma coisa é realmente se importar com ela, nem sempre perdoar é esquecer, nem sempre estar presente é desejar fazer parte... nem sempre tudo é o que parece ser.

Assim como o enquadramento é uma das coisas mais importantes em uma foto, o seu “enquadramento” ao perceber e julgar os acontecimentos a sua volta, sem sombra de dúvida, é o que te faz único. Não perca a essência de desenvolver a si mesmo como ser humano e de enxergar a vida com seus próprios olhos.

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